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Por falta de leitos, macas do Samu estão sendo retidas nos hospitais do Estado, alerta prefeito David Almeida

O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), divulgou, na manhã deste domingo, a situação alarmante onde macas utilizadas pelos socorristas do Samu estão sendo retidas nos hospitais de responsabilidade do Governo do Estado por falta de leitos.


Com o número de macas retidas, a atuação das equipes de socorristas está ficando limitada, comprometendo o tempo de resposta à população.

Somente neste domingo, 15/9, são seis macas retidas entre os hospitais e prontos-socorros (HPS) Platão Araújo (1) e Dr. João Lúcio Pereira Machado (5), ambos na zona Leste da cidade.

“A situação caótica nos hospitais do Estado, com superlotação e falta de leitos, tem prejudicado o atendimento de excelência do Samu à população de Manaus. Nossos equipamentos de macas e pranchas estão ficando nos hospitais e as unidades do Samu, que deveriam estar para o atendimento rápido e eficiente aos chamados, estão limitadas. Isso é muito grave”, disse o prefeito de Manaus, David Almeida.

Das seis, quatro são de Ambulâncias de Suporte Básico (USB) e as outras duas são Ambulâncias de Suporte Avançado (USA), veículo destinado ao atendimento e transporte de pacientes de alto risco em emergências pré-hospitalares e/ou de transporte inter-hospitalar, que necessitam de cuidados médicos intensivos. Além das macas, três pranchas, destinadas à remoção de pacientes politraumatizados, estão retidas no HPS João Lúcio.

“Hoje, são cinco USAs na cidade, sendo duas paradas, porque as macas estão presas nos hospitais do Estado. Se tiver um acidente de múltiplas vítimas, o atendimento está prejudicado, por dois motivos: número de ambulâncias reduzido para atendimento e, se levar os pacientes para uma unidade hospitalar, com certeza serão mais macas retidas”, afirmou a diretora em exercício de Rede Pré-Hospitalar Móvel e Sanitária, Claudia Teixeira.

A diretora explicou que cada maca tem um número de referência atrelado a uma ambulância, não sendo possível a troca de equipamentos entre as unidades móveis. “Caso tenha uma ocorrência no bairro Compensa, hoje, por exemplo, teríamos de deslocar uma ambulância do Alvorada ou do Aleixo, uma unidade mais distante. Isso porque, na base Oeste, das quatro ambulâncias, só uma está operando, por conta dessa situação de maca retida”, mencionou.

A diretora em exercício ressaltou que o menor tempo-resposta é primordial para o Samu, para garantir sobrevida e sequelas ao paciente. Ela disse que, em média, o Samu tem de oito a dez macas retidas por dia.

Além da retenção de macas, o setor de Regulação do Samu informa que rotineiramente registra o pedido dos prontos-socorros para que não enviem pacientes por conta da superlotação, havendo dias em que o pedido é feito pelos três grandes prontos-socorros, deixando o serviço sem ter para onde remover as pessoas em situação de urgência.

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